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A inovação e a tecnologia são temas que ganharam força nos últimos anos e se tornaram fundamentais para a sobrevivência dos pequenos negócios. Em um mundo de constantes mudanças, propor ações que possam otimizar os processos, reduzir custos e aumentar a produtividade de uma empresa supermercadista pode ser o ponto chave para a conquista de novos mercados.
Tanto é que o importante evento voltado para o setor varejista mundial, o renomado evento NRF Retail’s Big Show que aconteceu de 14 a 16 de janeiro em Nova York, foi muito voltada à área da tecnologia, como a Inteligência Artificial (IA) para personalizar o atendimento ao cliente, estratégias Omnichannel, entre outros.
Baseado nisso, o Sebrae Minas lançou o Guia Tendências para a Inovação 2024, em um conteúdo on-line e gratuito, com diversas correntes para o futuro e insights práticos sobre como as micro e pequenas empresas devem se adaptar para impulsionar os negócios.
O e-book apresenta tópicos que impactam indústrias como varejo, saúde, finanças, educação, automação, entre outros. O objetivo é ajudar os empreendedores a entenderem o cenário de mudanças, explorar as necessidades de adaptações e investimentos e ampliar o desempenho na resolução de problemas.
“A inovação pode estar em uma mudança simples de atitude da empresa, na criação de novos processos, no aperfeiçoamento de produtos e serviços ou na relação com seus clientes. Os negócios que inovam são mais competitivos e ajudam a criar novas conexões com fornecedores, parceiros e consumidores. Desta forma, acreditamos que essa ferramenta será uma fonte de inspiração para que as micro e pequenas empresas superem seus desafios e cheguem a novos patamares com seus variados públicos”, ressalta o presidente do Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), Marcelo de Souza e Silva.
No entanto, em um mercado tão concorrido como o supermercadista, para aprimorar seus serviços, impulsionar os negócios, e realizar mudanças é preciso um entendimento maior sobre o shopper. Algumas maneiras de como os varejistas, principalmente os pequenos, podem conhecer melhor seus shoppers e rever estratégias é utilizar sistemas ERP e programas de fidelidade para coletar dados sobre hábitos de compra, preferências e frequência de visitas dos clientes, a análise desses dados pode revelar tendências e padrões importantes. Assim como realizar pesquisas frequentes com os clientes para entender suas opiniões, necessidades e o que eles valorizam ou desejam ver melhorado. Isso pode ser feito através de questionários online, pesquisas no ponto de venda ou grupos focais. “Classificar os clientes em diferentes segmentos com base em critérios como idade, gênero, hábitos de compra e preferências. Isso permite que os varejistas personalizem suas ofertas e comunicações para cada segmento e o contato direto com os clientes no ponto de venda é uma fonte valiosa de insights. Treinar a equipe para observar e interagir com os clientes, coletando informações valiosas sobre suas preferências e comportamentos, também são itens que julgo importantes”, explica o analista técnico da Unidade de Indústria, Comércio e Serviços (UICS), do Sebrae Minas, Diogo Reis.
A inovação não é um conceito recente. Dados de uma pesquisa divulgada pelo Sebrae Minas, em novembro de 2022, já mostravam que quase seis a cada dez pequenos negócios já haviam passado por algum processo de inovação, seja na melhoria na qualidade de produtos e serviços, atendimento ou captação e federalização de clientes e ações para reduzir custos e desperdícios.
Entre as dificuldades apontadas pelas micro e pequenas e empresas para iniciar o processo de inovação, estão a falta de recursos financeiros, ausência de tempo para idealizar/aplicar uma inovação, falta de conhecimentos para inovar (21%) e insegurança de a ideia não dar certo (20%).
Algumas estratégias podem ser adotadas para que o pequeno varejista cresça em seu negócio, de acordo com Diogo Reis. Priorizar tarefas e utilizar ferramentas de gestão de tempo pode ajudar a liberar espaço na agenda para o planejamento e implementação de inovações. Delegar tarefas operacionais a funcionários de confiança também pode ser uma solução. Para superar a falta de conhecimento, é importante buscar educação contínua. O analista do Sebrae também julga importante participar de workshops, cursos online, seminários e eventos do setor pode fornecer insights valiosos. Em vez de implementar grandes mudanças de uma só vez, os varejistas podem adotar uma abordagem de pequenos testes e experimentos, isso minimiza o risco e permite ajustes baseados em feedback real do mercado. Encorajar uma cultura de inovação aberta, onde funcionários e clientes possam contribuir com ideias, pode gerar novas soluções inovadoras e solucionar problemas reais.
“Utilizar recursos já disponíveis de maneira criativa pode ser uma forma de inovar sem grandes investimentos. Isso pode incluir a reutilização de espaços, a atualização de equipamentos ou a oferta de novos serviços com os recursos existentes. E também julgo fundamental que o varejista se concentre em inovações que não requerem grandes investimentos financeiros. Por exemplo, melhorar o atendimento ao cliente, otimizar processos internos ou utilizar as mídias sociais para marketing”.
Para os pequenos varejistas do setor alimentar, Diogo Reis frisa 3 tendências do Guia Tendências para a Inovação 2024 que julga como uma melhoria na qualidade de produtos e serviços: